23/06/2006

Instrumentos e músicas do mundo

Orquestra Taiko (de percussões)

Instrumentos árabes

Instrumentos Ibéricos

Música Russa

Música brasileira

Intrumentos brasileiros

Instrumentos australianos

Música indiana

Dicionário de Instrumentos Musicais

A
Acordeão: aerofone de palheta dotado de fole e teclas. Foi criado no século XIX, com o contributo de diversos fabricantes. Pela acção dos braços e das mãos do accão do acordeonista, o ar faz vibrar as lâminas metálicas das palhetas. É muito utilizado em França, Portugal e outros países da Europa, nas festas populares e momentos de convívio. Nos Estados Unidos surgiu a fomosa marca Excelsior, e na Alemanha a Hohner.

Adufe: instrumento de percussão de membrana dupla, em formato quadrangular, resultado da influência árabe (duff). É tradicional de Monsanto e da Beira Baixa, onde é tocado exclusivamente por mulheres. Na região de Trás-os-Montes, o adufe tem a designação de pandeiro. É utilizado também no Brasil, certamente por influência de portugueses.

Afuche: idiofone tradicional do Brasil, de origem africana, constituído por uma cabaça rodeada por bolinhas (que podem ser de materiais diversos), ligadas por uma espécie de rede. Quando o executante as raspa contra a superfície da cabaça, produz o seu som característico. O afuche moderno tem uma configuração e materiais diferentes da tradicional tornando-se mesmo mais resistente do que as cabaças naturais.

Agogo: Idiofone tradicional de ferro, entrou no Brasil por via africana. É constituído por duas campânulas de ferro, percutidas por uma vareta do mesmo metal. O agogo de metal é utilizado nas danças de origem africana e similares (capoeira, e candomblé, por exemplo).

Agogo de madeira: idiofone de madeira constituído por dois blocos de madeira de diferentes tamanhos, usado na música tradicional do Brasil e na Educação Musical.

Amarantina (viola): cordofone dedilhado muito utilizado para acompanhar o repertório minhoto, fornecendo-lhe um suporte harmónico. O bom executante pode acrescentar aos acordes pequenos motivos melódicos.

Arghul: aerofone de palheta simples constituído por dois tubos muito frequente no Norte de África.

Aulos: aerofone de palheta (à semelhança do oboé), era instrumento mais popular na Grécia antiga. Há 3500 anos, já os egípcios o usavam.


B

Bala: xilofone da África ocidental

Balafon: xilofone artesanal (constituído por placas de madeira ordenadas, de diversos tamanhos) e com cabaças de ressonância por baixo, tem diversos nomes conforme a região e o país africano: bala, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, shijimba, silimba, medzang, dyomoro, rongo, mbira mutondo, mbila, timbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil.

Balalaica: cordofone de corpo triangular achatado, de madeira, com 3 cordas simples ou duplas dedilhadas. É um instrumento fundamental no folclore russo, onde há mesmo orquestras só de balalaicas.

Bandolim: cordofone dedilhado de 4 cordas duplas de metal de origem napolitana e muito usado na Itália e com tradições próprias em Milão, Génova e Sicília. Algo semelhante à guitarra no braço, cravelhas e trastos, o bandolim é tocado com um plectro que belisca as cordas.

Bandoneon: aerofone cromático de palhetas livres, inventado no século XIX e muito semelhante ao acordeão, é verdadeiro símbolo do tango argentino.

Bandurra: Cordofone dedilhado, a bandurra, hoja rara, é também conhecida por viola beiroa. Utilizava-se esta viola popular portuguesa (que era muito frequente no distrito de Castelo Branco), nas tabernas, e em momentos festivos como os casamentos, nas serenatas aos noivos, nas vésperas e na noite da boda.

Banjo: cordofone dedilhado, com caixa redonda e braço comprido, foi criado por afro-americanos e é típico da música "country" norteamericana. O número de cordas é variado. Pete Seger ficou conhecido também como executante de banjo.

Bateria: conjunto de instrumentos de percussão, tambores e címbalos, com diferentes tamanhos e timbres, dispostos de modo a serem tocados por um só músico. É especialmente utilizado no Jazz e Rock.

Bazuki: instrumento de oito cordas originário da Grécia, com caixa de ressonância semelhante à do bandolim, por vez ricamente ornamentada. Tanto o bazuki grego como o irlandês têm um braço bastante comprido.

Beiroa (viola): cordofone ornamentado e muito arredondado, um dos tipos de viola portuguesa, característico da Beira Baixa. Além das cinco ordens de cordas, possui duas mais agudas, presas a um cravelhal suplementar junto da caixa de ressonância.

Bendir: membranofone com origem no Norte de África, designadamente em Marrocos. É uma espécie de tamborim, com cordas esticadas no interior, junto à pele.

Berimbau: instrumento de percussão em forma de arco retesado por um arame e uma pequena cabaça de ressonância, levado de África para o Brasil, onde é muito utilizado na "capoeira", que representa de modo especial. A corda percute-se com uma pequena vara.

Bhaya: tambor indiano que, com a daina, constitui a tabla.

Biwa: cordofone japonês algo semelhante ao alaúde.

Bombo: instrumento de percussão grande constituído por duas membranas, uma de cada lado da caixa. Geralmente é tocado na posição vertical. É um dos instrumentos utilizados no programa das festas populares de Portugal.

Bongó: instrumento de percussão de origem afrocubana, de sonoridade profunda, constituído por dois tambores ligados, tocados entre os joelhos, é parte integrante da música latinoamericana, designadamente a solo.

Braguesa (viola): cordofone dedilhado, muito popular no Noroeste Português, especialmente nas rusgas, chulas e cantares ao desafio.

Braguinha (viola madeirense): também chamada "machête", a braguinha é um cordofone dedilhado com 4 cordas de tripa, sendo utilizada pelos camponeses madeirenses para acompanhar o canto e a dança.

C
Cabaça: instrumento de percussão semelhante ao afuche brasileiro. A "cabaza" orquestral moderna tem uma configuração e materiais diferentes da tradicional.

Caixa: instrumento de percussão que se encontra em vários estilos musicais, na música popular, no jazz e na música clássica. É um tambor cilíndrico de membrana dupla.

Campaniça (viola alentejana): cordofone dedilhado que outrora existia um pouco por todo o Baixo Alentejo e quase desapareceu do universo da música tradicional portuguesa.

Castanholas: idiofone de madeira, (com formato algo semelhante às castanhas), de plástico ou outro material, composto de duas partes côncavas que batem uma na outra. Há também castanholas com cabo. É muito frequente na música tradicional espanhola.

Caxixi: Instrumento tradicional brasileiro usado na "capoeira", é constituído por um cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça que contém sementes.

Cavaquinho: cordofone muito popular, de pequenas dimensões, utilizado no acompanhamento do repertório tradicional português, designadamente no Minho e Douro Litoral.

Cegarrega: instrumento popular de madeira constituído por uma roda de transmissão accionada por uma manivela com um cabo.

Celesta: instrumento de percussão exteriormente semelhante a um piano vertical, foi inventado em 1886 por Mustel. Tchaikosky introduziu-o na orquestra.

Charango: cordofone dedilhado tipicamente sul-americano, o charango tem origem na guitarra espanhola.

Ch'in: espécie de cítara chinesa de 7 cordas, agrupado entre os instrumentos de seda, utilizado para acompanhar a meditação.

Ch'ing: idiofone de pedra chinês constituído pedras de diferentes tamanhos que produzem sons de alturas diferentes.

Chicote: instrumento tradicional de percussão, conntituído por duas pequenas tábuas de madeira que batem uma contra a outra, lembrando a sua sonoridade o estalar de um chicote.

Chincalho: idiofone que se apresenta em formatos bastante variados, constituído basicamente por chapas metálicas que batem entre si quando o executante movimenta o instrumento.

Chiquitzi: palavra shangana (Moçambique) que designa um chocalho de mão constituído por uma caixa feita de caniço fino e sementes ou pequenas pedras no interior. Trata-se de um instrumento essencialmente tocado por mulheres e em festas de casamento.

Chocalho: campaínha colocada pelos pastores ao pescoço das ovelhas, cabras ou vacas. Não sendo propriamente um instrumento musical, o chocalho de vaca já teve utilização em obras orquestrais (Sinfonia dos Alpes, de Richard Strauss, e Sinfonias nº 6 e nº 7 de Gustav Mahler).

Chu: tambor rectangular chinês.

Cítara: cordofone dedilhado, a cítara é um instrumento histórico com sonoridade aparentada à harpa. Há formas e nomes diferentes em vários países da Europa, nos países mediterrêneos e na Alemanha onde conheceu os nomes de "gittern", "zitter", "cytherne" e "cittharne".

Clarim: aerofone de metal que existe nas grandes orquestras e têm uma sonoridade muito pura e brilhante, embora não seja ttão fácil de tocar como o cornetim em si bemol.

Clarinete: aerofone de madeira de palheta simples constitui, com o fagote, os fundamentos do grupo das madeiras na orquestra. Benny Goodman e Alan Hacker são nomes incontornáveis entre clarinetistas.

Clavas: também chamadas "pausinhos", são idiofone de madeira, existentes em Portugal, Brasil e muitos países, com nomes, materiais e timbres diferentes. Os índios do Brasil decoravam as clavas com gravação a fogo.

Clavicórdio: instrumento predecessor do piano, é o mais antigo cordofone de tecla. Nos séculos XVII-XVIII, é o instrumento doméstico ideal para praticar ou tocar a solo.

Concertina: aerofone dotado de fole e palheta livre muito popular em Portugal. Instrumento da família do acordeão, nasceu no século XX.

Conga: membranofone muito utilizado no Caribe. É um tambor alto com sonoridade grave, de altura regulável. Pode ser tocada com os dedos e as mãos.

Contrabaixo: o maior dos cordofone de arco, muito utilizado na Música Clássica, em orquestras, e no Jazz, podendo ser tocado com ou sem arco. Entre os seus executantes mais célebres contam-se Charles Mingus e David Streicher.

Corne inglês: aerofone da família do oboé, de palheta dupla também. Embora seja maior e mais grave que o oboé, a dedilhação é igual.

Cravo: cordofone de tecla, teve o seu período áureo no Barroco. No século XVII, destronou a espineta, mas as dificuldades em apresentar uma capacidade sonora satisfatória acabariam por afastar o cravo em detrimento do piano.

Crescente turco: Trata-se de um idiofone feito de objectos (campaínhas, correntes) que chocalham juntos, obtendo-se assim um som mais forte.

Crótalos: Idiofone de metal, consiste em pares de pequenos címbalos de metal utilados muitas vezes para acompanhar a dança. É a variante metálica das castanholas.

Cuíca: instrumento de friccão, tradicional do Brasil muito usado no Carnaval. Aparentemente é um tambor, mas tem uma varinha encostada à pele, no interior. É a fricção da vara que produz o seu som inconfundível.

Cumbus: Membranofone clássico da Turquia, é um instrumento relativamente jovem, desenvolvido por Zeynel em Istambul por volta de 1900.

D
Daina: membranofone que, juntamente com a bhaya, constitui a tabla.

Damaroo: membranofone da Índia. No âmbito religioso, o som do Damaroo simboliza a criação e destruição, e é comum aparecer com Shiva em pinturas.

Darbuka: membranofone árabe.

Didgeridoo: aerofone aborígene da Austrália feito a partir de um tronco de árvore, podendo atingir 2 metros de comprimento. É uma espécie de trompa que exige muita força.

Dilruba: cordofone da Índia, é um instrumento clássico da música indiana, partilhando as origens do sarangi, mas nascido apenas no século XIX.

Dimba: xilofone nativo do Congo.

Dizi: flauta travessa chinesa.

Djembe: membranofone de origem africana, designadamente a Guiné, pertencente à família dos tambores de taça. Tem um corpo de madeira esculpido em forma de cálice, com esticadores a toda a volta.

Duff: tambor árabe em formato quadrangular que está na origem do adufe da Beira Baixa.

Dulcimer: cordofone norte-americano utilizado pelos índios dos Montes Apalaches, levado por europeus. As suas origens encontram-se provavelmente nas regiões que correspondem ao Irão e ao Iraque. É uma caixa de madeira achatada que pode ter até cem cordas.

Dung cheng: trompa do Tibete constituída por diversos elementos, podendo atingir 4 metros ou até mais.

Dutar: instrumento de corda originário da China, dotado de duas cordas e caixa de ressonância em forma de pera.

E
Ektara tenor: cordofone indiano, é constituído por uma caixa de ressonância redonda e um longo braço sobre o qual se pressionam as duas cordas obtendo diferentes sons.

Espineta: cordofone de teclado, é como que uma versão mais pequena do cravo. Foi muito importante no Período Barroco. Em França, tornou-se popular a partir do séc. XV.

Eufónio: do grego através do latim euphonium, é um aerofone de metal, aparentado à tuba, sendo também chamado bombardino.

F
Fagote: aerofone de madeira bastante grave que tem palheta dupla e um tubo cónico com cerca de 2,4 metros. James Mackintosh, Archie Camden e Simon Kovar são nomes de fagotistas célebres.

Fídula: palavra italiana que designa um cordofone antigo em registo grave. Aparece também com os nomes de fiddle, lyra, lira e geige (alemão). Juntamente com a rabeca era, na Idade Média, o instrumento mais popular.

Flauta de bisel: aerofone constituído por um tubo cilíndrico com diversos orifícios e um bocal com apito no qual se sopra directamente. Franz Brüggen e David Munrow são executantes internacioanlmente conhecidos.

Flauta de Pan: aerofone constituído por canas ou tubos cilíndricos de tamanhos diferentes. Os antigos gregos chamavam-lhe "syrinx". É um instrumento típico dos Andes e do Perú.

Flauta transversal: aerofone. Jean-Pierre Rampal e James Galway são nomes mundialmente reconhecidos como flautistas.

Flexatone: instrumento de percussão moderno feito de metal, com uma folha de metal fina e uma pega de arame grosso.

Fliscorne: aerofone de metal, provido de válvulas. É um instrumento semelhante à trompete, mas tem uma tubagem mais larga e produz sons mais aveludados e menos brilhantes.

G
Gaita de foles: aerofone dotado de fole, um saco para onde o tocador sopra. Com o braço, o ar é empurrado através de um tubo para as gaitas, produzindo o som. É muito utilizado nas regiões de influência celta, incluindo a Escócia, França, Espanha e Portugal.

Gamelan: conjunto indonésio de instrumentos de percussão como o Kendang, o saron e o bonang, gongos, xilofones, metalofones, címbalos e flautas.

Ghaita: aerofone de palheta dupla do Norte de África usado pelos encantadores de serpentes. Al ghaita ou al ghaida designa um instrumento semelhante ao surnay, uma espécie de oboé usado em dias festivos.

Gongo: idiofone originário da China, constituído por um disco metálico (cobre, bronze ou latão), suspenso por uma corda atada atada a dois pontos da orla. O som, que depende das dimensões do gongo, tem um efeito poderoso sobre o ouvinte.

Guitarra espanhola: também chamado "guitarra clássica", é um cordofone dedilhado, com seis cordas de nylon e caixa de cedro, castanheiro ou carvalho. Francesco Tarrega, Andrés Segovia, Julian Bream e Jimmie Hendrix são nomes sobejamente conhecidos entre estes guitarristas.

Guitarra Portuguesa: cordofone com seis cordas duplas de metal, tocado com uma espécia de unhas postiças.

Gumbri: cordofone árabe.

H
Harmónio: órgão de palhetas, "parente pobre" do órgão de tubos, é aerofone de tecla, dotado de fole e palhetas. Foi muito usado nas igrejas, designadamente em Portugal, nas celebrações litúrgicas, em substituição do órgão de tubos que é, por excelência, o instrumento da Igreja Católica no Ocidente.

Harmónio indiano: aerofone de tecla que não é originário da Índia mas se baseia no órgão de palhetas (harmónio) levado pelos europeus no século XIX.

Harpa: cordofone dedilhado. Sidonie Goossens e Marisa Robles são nomes internacionalmente conhecidos entre harpistas.

Harpa celta: cordofone dedilhado, verdadeiro símbolo da Irlanda, é uma pequena harpa de 24 a 34 cordas e cerca de 1,5 metros de altura.

Hsiao: aerofone tradicional da China.

Hsuan: aerofone chinês feito de argila, aparentado à ocarina.

Hu-ch'in: cordofone tradicional da China.

K
Kalangu: membranofone africano.

Kazoo: o kazoo ou mirlitão é um membranofone soprado, constituído por uma membrana que entronca na extremidade inferior de um pequeno tubo de metal ou de plástico.

Kinnor: cordofone que aparece referido várias vezes na Bíblia, sendo chamado harpa de David. É um instrumento de 10 cordas parecido com a lira.

Koka zvana - conjunto russo de sinos suspensos feitos de madeira.

Kora: cordofone africano do Senegal com caixa de cabaça e pele esticada, com braço de madeira, duas pegas e cordas de nylon dedilhadas.

Koto: cordofone dedilhado japonês de treze cordas dedilhadas e caixa na horizontal com cerca de 1,8 metros. Originário do Qin chinês, foi introduzido no Japão por músicos chineses e coreanos no séc. VII.

Ku: membranofone chinês.

Kuan-tzu: aerofone tradicional da China.

Ku-ch'in: cordofone tradicional chinês.

Kuvikli: flauta russa constituída por tubos de diferentes tamanhos, à semelhança da flauta de Pan.

L
Lira: cordofone dedilhado com formato bastante característico, dois braços verticais de madeira, ligados a uma caixa de ressonância, em baixo, e a uma travessa, em cima.

Lira africana: cordofone dedilhado, é um instrumento muito antigo e construído de modo bastante rudimentar.

M
Maraca: idiofone constituído por uma cabaça seca e oca, um coco ou outro material com sementes, muito usado para acompanhar música de dança na América Latina, designadamente.

Mbira: instrumento africano de carácter religioso constituído por cerca de 22 a 28 placas metálicas sobre uma pequena caixa de madeira, tocadas com os dedos do executante. Instrumento muito importante na África sub-saariana, é também conhecido por kalimba.

Melódica: aerofone de tecla criado pela empresa alemã Honner por volta de 1950. Outros fabricantes deram-lhe nomes diferentes como piano de bolso, melodião ou pianica. Augustus Pablo é um dos intérpretes mais famosos deste instrumento.

Mizmar: aerofone de palheta dupla dotado de sete orifícios, tradicional do Egipto e do Próximo Oriente.

Mongolo: cordofone que os russos chamam dômra e que tem uma caixa de ressonância arredondada, braço alongado e cordas metálicas, sendo usado plectro na sua execução. A dômra pode tocar a solo, em pequeno agrupamento instrumental e em orquestra.

N
Naqqara: tambor árabe que talvez esteja na origem dos timbales usados na Europa.

Nevel: cordofone referido várias vezes na Sagrada Escritura (Antigo Testamento) e que desapareceu. É citado pelo Livro dos Salmos (Salmo 92, 3), Isaías 5, 12 e Daniel 3, 5.

Nikkelen Nelis: conjunto de instrumentos de percussão constituído por tambores, címbalos e campainhas, no topo, tocado por um um homem-orquestra que acciona vários pedais, na base do instrumento.

O
Oboé: aerofone de madeira, de palheta dupla. A palavra deriva do francês "hautbois". Leon Goossens e Heinz Holliger são oboistas de renome internacional.

Ocarina: aerofone. A palavra, italiana, significa literalmente "pequeno ganso" . Trata-se de um instrumento de cerâmica da família das flautas globulares, geralmente ovais, com orifícios e embocadura.

Ocarinas arcaicas: aerofone arcaico do México. As ocarinas e os apitos de osso são instrumentos pré-históricos.

Orff (instrumental): lâminas, instrumentos de percussão de altura definida cujo nome está ligado ao compositor e pedagogo alemão Carl Orff.

Órgão de tubos: aerofone de teclado constituído por diferentes tubos, um ou mais teclados e pedaleira, fole, someiro, manúbrios e outros elementos que permitem a chegada do ar aos tubos e a obtenção de sonoridades pretendidas. É, por excelência, o instrumento da Igreja Católica.

Órgão de tubos antigo: aerofone de teclado, dotado de fole. A origem do instrumento é atribuída a Ctesíbio, engenheiro mecânico de Alexandria, no século III a. C.

P
Pandeireta: instrumento de percussão híbrido formado por uma pele sobre armação cilíndrica com fendas atravessadas por eixos e discos metálicos na ilherga.

Pandeiro arábico: membranofone constituído por uma membrana sobre armação circular pouco funda que produz pouca ressonância.

Pau-de-chuva: idiofone constituído por um tubo de plástico ou de madeira contendo grãos ou pequenas bolas que, ao cairem quando o tubo é colocado na vertical, imitam o som da chuva.

Piano de cauda: cordofone de teclado com maior capacidade sonora que o piano vertical. No século XIX, a armação de ferro fundido contribuiu para aumentar a tensão das cordas, produzindo-se um som mais cheio.

Piano digital: electrofone de tecla que imita sons de pianos acústicos sendo economicamente mais acessível.

Piano vertical: cordofone de tecla, cujas origens remontas se encontram no saltério. É constituído por um teclado, cordas com espessuras e comprimentos diversos, martelos que batem nas cordas, abafadores e pedais.

P'ip'a: espécie de alaúde chinês, é um cordofone dedilhado de 4 cordas de seda ou nylon e caixa de pauvlónia em forma de pera. É conhecida a sua existência há cerca de 2000 anos.

Pien-chung: conjunto chinês constituído por sinos de diferentes tamnahos.

Q
Quanum: cordofone árabe.

Qin: cítara chinesa que remonta a mil anos antes de Cristo.

Quissange: instrumento angolano constituído por pequenas barras de metal de diversos tamanhos, presas a uma base de madeira e tocadas pelos dedos polegares.

R
Rabeca: cordofone friccionado de arco semelhante ao violino e muito usado ainda em Cabo Verde. É a correspondente europeia do rebab islâmico.

Rabel: instrumento de corda friccionada muito frequente no Norte da Península Ibérica.

Rebâb: designação genérica de cordofones friccionados de arco antigos do Norte de África e do mundo islâmico. Tinha apenas duas cordas e um corpo pequeno em forma de pera.

Reco-reco: Idiofone tradicional com formas muito variadas, pertence à família dos idiofones de raspagem, dentro do grande grupo dos instrumentos de percussão. Uma vara de madeira mais fina raspa a parte que tem cordes ou saliências, produzindo-se um timbre muito característico. Há reco-recos de madeira, de metal e mistos.

Rombo: instrumento muito antigo, já presente na Idade da Pedra, constituído por uma lâmina de metal ou de madeira que produz uma sonoridade característica, conforme gira com maior ou menor velocidade sobre si própria.

S
Sanfona: cordofone originário da Idade Média. As suas cordas são calcadas por um disco giratório, e não friccionadas. Chegou a ser uma espécie de parente pobre do órgão de tubos, substituindo-o nas igrejas que não podiam ter órgão.

San-ksien: cordofone tradicional da China.

Sanshin: cordofone dedilhado do Japão, com 3 cordas, caixa forrada a pele e braço bastante alongado. Tornou-se muito popular no Japão no século XIX.

Santur: cordofone persa.

Sarangi: cordofone friccionado por um arco, muito utilizado na música clássica indiana, podendo tocar a solo ou acompanhar cantores.

Sarronca: membranofone tradicional e rudimentar, é constituído por um cântaro de barro que funciona como caixa de ressonância, uma pele que tapa a boca do vaso e um pau fino que trespassa a pele e, ao friccioná-la produz um som grave.

Saxofone: aerofone de palheta simples inventado por Adolph Sax. Charlie Parker, John Coltrane e Stan Getz são nomes famosos de saxofonistas.

Senza: família de instrumentos feitos de lâminas de metal. Este tipo de idiofones está espalhado um pouco por toda a África.

Serpentão: Datado do século XVI, o serpentão é um instrumento de sopro da família dos metais, com bocal e corpo longilíneo e serpenteado, (de onde lhe vem o nome).

Serouba: membranofone, conjunto de instrumentos de percussão que podemos encontrar na Áfica Central e Ocidental.

Shakuhachi: aerofone japonês, é flauta de bambu cujo tubo é aberto nas extremidades e mede cerca de 55 cm.

Sheng: aerofone chinês de boca, formado por 17 tubos (canas de bambú), remonta provavelmente a 3000 anos a. C. Era constituído por uma câmara de vento (à qual estavam ligados tubos de babú) para cujo interior o músico soprava. Foi introduzido na Europa em 1777 e terá influenciado a concertina.

Shô: órgão de boca japonês que resulta da introdução na corte japonesa, no século VIII, de uma espécie de sheng chinês.

Shofar: aerofone da antiguidade bíblica. A palavra hebraica significa "corno de carneiro". É um instrumento de sopro rudimentar. Na Bíblia, o instrumento aparece em várias ocasiões, designadamente nos episódios do sacrifício de Isaac ena batalha de Jericó.

Sitar: cordofone muito popular no Norte da Índia, pode ter de três a sete cordas e é acompanhado muitas vezes pelas tablas.

Skrabalas: idiofone de madeira que podemos encontrar na Rússia e na região do Báltico.

So-na: aerofone de palheta dupla, tradicional da China.

Sousafone: aerofone de metal que deve o seu nome ao norte-americano de ascendência lusa John Philipp de Sousa, célebre compositor de marchas.

Surdo: membranofone de grandes dimensões, é originário do Brasil e fundamental no samba. É um instrumento de metal ou de madeira e pele dupla. O seu som grave atravessa qualquer parede.

T
Tyba: cordofone do Vietname tocado com um plectro na mão direita que raspa as cordas para cima e para baixo rapidamente.

Tabla: membranofone duplo indiano, composto por um tambor cónico e outro cilíndrico. Ravi Shankar, executante deste instrumento, gravou um album em dueto com Yehudi Menuhin.

Ti: aerofone de madeira, tradicional da China.

Tímpanos: também chamados timbales, têm aproximadamente a forma hemisférica, feitos de cobre, com uma membrana no cimo da caixa. Afinam-se através de um pedal.

Tiorba: alaúde baixo, é um cordofone que surgiu na Idade Média e gozou, durante dois séculos, de grande popularidade na Europa.

Triângulo: idiofone de metal também chamado "ferrinhos", possui um som penetrante, sendo utilizado na música tradicional e na própria música erudita. Consiste num ferro em forma triangular, aberto, no qual se bate um pequeno ferro.

Trompa: aerofone de metal que possui um tubo cilíndrico ou cónico, com bocal e pistões. Denis Brain e Barry Tuckwell são nomes célebres de trompistas.

Trompa alpina: aeorofone rectilíneo tradicional dos Alpes suíços, com mais de um metro de comprimento, terminando numa campânula ligeiramente virada para cima. Já no século VI era conhecido na Suiça.

Trompete: aerofone de metal. Louis Amstrong, Miles Davies e Winton Marsalis contam-se entre os trompetistas famosos.

Tuba: aerofone de metal, dotado de um tubo largo e válvulas, é o maior e o mais grave da secção de metais da orquestra. Foi integrado na orquestra no século XIX, substituindo o oficleide.

U
Ud: também chamado barbat, é cordofone dedilhado originário do Norte de África, com braço curto e caixa de ressonância em forma de pêra, sendo as costas abauladas.

Uffataha: flauta africana.

V
Vibrafone: idiofone de altura definida, constituído por placas de metal de tamanhos diferentes, com tubos de ressonância e abafadores. Foi inventado por volta de 1915, a partir do xilofone que, como a palavra grega diz, é feito de madeira. Pode ser tocado por duas, três ou quatro baquetas.

Vihuela: Cordofone aparecido em Espanha por volta do século XIII, a vihuela foi um instrumento muito utilizado pelos trovadores.

Vina: cordofone indiano muito antigo com duas caixas de ressonância feitas de cabaça, tocado por um plectro de metal.

Viola da Gamba: antigo cordofone de arco, semelhante ao violoncelo e tocado entre os joelhos, na vertical.

Violeta: cordofone friccionado, também chamado viola ou viola de arco. Entre os executantes mais conecidos encontram-se Victor Lalo, Paul Hindemith, Yuri Brashmet.

Violino: cordofone friccionado, é o mais pequeno dos instrumentos de arco da orquestra e do quarteto de cordas. Niccolò Paganini, David Oistrakh, Yehudi Menuhin, Isaac Stern Anne-Sophie Mutter e Nigel Kennedy são alguns dos intérpretes mais conhecidos.

Violoncelo: cordofone de arco tocado entre os joelhos na vertical, é maior do que o violino e a viola de arco, embora tenha uma forma semelhante. Tem origem no século XVI, sendo o italiano Andrea Amati um dos primeiros construtores conhecidos, tendo feito em 1572 o "King Amati". Luigi Bocherini, Pablo Casals, Guilhermina Suggia, Jacqueline du Pré são intérpretes famosos deste instrumento.

Virginal: cordofone de tecla com origem no saltério, é conhecido em Inglaterra desde 1460. Os virginais eram instrumentos magnificamente decorados.

X
Xilofone: idiofone de altura definida que faz parte do instrumental Orff, constituído por uma série de pequenas tábuas de madeira de tamanhos diferentes.

Y
Yueh-ch'in: cordofone tradicional da China com caixa de ressonância redonda, de madeira e quatro cordas.

Z
Zambomba: tambor de fricção espanhol semelhante à sarronca, muito usado na época natalícia.

Zil: idiofone árabe constituído por pequenos pratos de cobre tocados por bailarinos designadamente.

Zummara: aerofone de palheta dupla de origem árabe, é uma espécie de pequeno clarinete duplo feito de bambú. É também conhecido por "mejwes".

Zurna: aerofone de palheta dupla assim chamado na Turquia, Irão e Curdistão, de características semelhantes ao "mizmar".